Viaje Entrevista com Carol Sabar - Viaje na Leitura

17/12/2011

Viaje Entrevista com Carol Sabar

Olá Viajantes!
A entrevista que preparei hoje para vocês é com uma autora divertidíssima, que com seu humor notável, me surpreendeu, espero que gostem da mesma e leiam o mais breve possível o maravilhoso livro "Como (quase) Namorei Robert Pattinson" e depois nos conte o que achou! Acompanhe essa deliciosa entrevista:


Viaje na Leitura: Quando surgiu a vontade de escrever um livro? Você sempre escreveu?
Carol Sabar – Sou engenheira, trabalho na área há dez anos.
Escrever surgiu para mim como um hobby, como uma necessidade de relaxar, de me expressar. Eu não decidi: “Vou escrever um livro!” Simplesmente aconteceu.


Viaje na Leitura: Como surgiu a ideia de escrever um livro tão divertido, e porque escolheu o tema Saga Crepúsculo e o autor Robert Pattinson como pano de fundo e base para o livro?
Carol Sabar –
Eu estava parada no trânsito engarrafado, pensando em coisa alguma, e eis que surge em minha mente a imagem de Robert Pattinson passando óleo bronzeador nas pernas de uma fã. Ou seja, o livro já nasceu engraçado. Segui o fluxo natural da ideia e me surpreendi ao descobrir que tinha certo jeito para o humor. Muitas vezes ri de mim mesma, sem acreditar no que tinha acabado de escrever.
Acho que o Crepúsculo estava em meu subconsciente. Só pode ser. (risos)


Viaje na Leitura: Você é fã da Saga Crepúsculo, o que acha de Stephenie Meyer?
Carol Sabar –
Adoro a saga Crepúsculo, já li os livros várias vezes.
Acho que o grande talento de Stephenie Meyer é contar histórias sem se preocupar com firulas ou exageros, sem querer impressionar com uma escrita elaborada. Ela não faz isso. Pelo contrário! Stephenie escreve cada cena e diálogo de modo tão simples e ao mesmo tempo tão profundo que as palavras jamais se tornam um entrave, e nos fazem viajar de modo despretensioso, virar as folhas desesperadamente para então terminar cada livro com a sensação de que poderíamos ter lido mais devagar, feito render a presença tão agradável de personagens reais e cativantes. 


Viaje na Leitura: Como foi a criação do livro e todo o seu processo de criação? Quanto tempo demorou entre o começo e a finalização do livro?
Carol Sabar –
Muito trabalho, sem dúvida alguma. Escrever é o maior barato, mas não é moleza, não! Exige dedicação, pesquisa, disciplina, paciência. É preciso ter a mente aberta à criação, o que só acontece quando o autor mergulha de cabeça no universo imaginado. Caso contrário, a história pode até ficar bem escrita, mas corre o risco de ficar pobre, sem molho, sem alma. Comecei a escrever na mesma noite em que tive o vislumbre da cena inicial do livro. Já no primeiro parágrafo, eu me apaixonei pela ideia. Sete meses depois, coloquei o ponto final.


Viaje na Leitura: Porque a ideia de criar um volume único e não uma série, gosta de séries?
Carol Sabar –
“Como (quase) namorei Robert Pattinson” foi escrito como um volume único, mas não descarto a possibilidade de uma continuação. Adoro estar com a Duda, me divirto com ela. Então, quem sabe? Preciso amadurecer a ideia.
Gosto de séries. Mas às vezes me incomoda um pouco quando os volumes são tão interligados entre si (principalmente os primeiros) que é preciso esperar pelo próximo lançamento para se começar a entender um conflito levantado lá no início da história. Imagino que, para o autor, não seja fácil dosar as informações ao longo da saga. Fazer com que o leitor se sinta totalmente satisfeito com o desfecho prévio e ansioso pela continuação. 

Viaje na Leitura: Você se baseou em alguém para criar a Duda? Você tem preferencia por algum dos personagens?
Carol Sabar
Duda é inspirada em todas as garotas loucas por Crepúsculo. Garotas sonhadoras, românticas, às vezes impulsivas. Duda erra, faz besteira e se arrepende, como qualquer pessoa normal.
Se eu tenho preferência? Sim! Minha personagem preferida é ela mesma, a Crepuscólica narradora, Eduarda Maria Carraro... ops!... Duda Carraro (bem, você sabe, Duda não gosta de expor seu nome do meio).


Viaje na Leitura: Em Como (quase) namorei Robert Pattinson Duda conhece Pablo e logo em seguida Miguel Defilippo. Podemos observar semelhanças de um triângulo amoroso como na Saga, como foi escrever essa parte?
Carol Sabar –
Ah, claro! Triângulos amorosos são demais, você não acha?
Quem nunca ficou dividido entre duas possíveis paixões? Quem nunca foi alvo de disputa entre dois caras lindos (tudo bem, nem tanto; menos ficção e mais vida real, por favor)? Todo mundo já passou por isso alguma vez na vida e viveria as mesmas angústias se passasse por isso de novo. Triângulos são interessantes, intrigantes, rendem bons conflitos e, claro, apimentam as histórias.
Edward ou Jacob? Miguel ou Pablo?
Para quem você torce?
Viaje na Leitura: Confesso que fiquei super dividida, os dois são foférrimos e se eu fosse a Duda estaria em apuros na difícil escolha!

Viaje na Leitura: Tem planos de escrever outros livros ou já tem algum outro a caminho?
Carol Sabar –
Estou escrevendo outra comédia-romântica. Menos pastelão dessa vez, com mais cenas fofas, so cute, daquele jeito que a gente adooooora e baba dez litros.


Viaje na Leitura: Também podemos encontrar no livro várias personalidades, principalmente nas amigas e irmã de Duda, que possuem características e preferências distintas, você escreveu algum deles porque teve amigas(os) assim?
Carol Sabar –
Minha intenção foi escrever sobre quatro amigas muito diferentes entre si, para que os diálogos ficassem mais interessantes. As personagens foram se delineando naturalmente, ao longo da trama. Voltei ao início muitas vezes, para destacar certas características que não tinham ficado claras ou, até mesmo, que foram alteradas da primeira vez que as descrevi. Para mim, o início de um livro é a parte mais difícil. Depois a história anda sozinha, as personagens ganham vida, ditam as regras do jogo. Tudo bem, sem problema. É só voltar e consertar. Um escritor não pode ter medo de refazer, de corrigir o que ficou ruim.


Viaje na Leitura: Seu livro é direcionado ao público YA, tem fortes traços de chick-lit e é um romance inesquecível. Como conseguiu unir todos estes aspectos em um só livro? Você costuma ter preferência por YA ou Chick-lit?
Carol Sabar:
Adoro literatura jovem adulto. Se for chick-lit... melhor ainda!
Enquanto escrevia “Como (quase) namorei Robert Pattinson” li e reli mais de 40 livros das grandes escritoras do gênero, não mais como simples leitora, mas como pesquisadora. Isso foi essencial no processo de adequação da linguagem. 

Viaje na Leitura: Desde o lançamento do livro até agora, podemos observar que o mesmo vem tendo uma aceitação positiva da parte dos leitores e críticos em geral, qual a sensação de ter seu livro sendo considerado um sucesso?
Carol Sabar –
É indescritível, uma montanha russa de emoções. A sensação de que valeu a pena e, principalmente, de que não quero parar no primeiro livro. Escrever é um vício bom, de que não quero me curar.


Viaje na Leitura: Muitos de nossos leitores também são autores e estão nessa busca quase impossível e sempre trabalhosa para encontrar uma editora que os publique. Como foi ter seu livro publicado, você mandou para várias editoras? Teve rejeições? Qual a dica que pode nos dar?
Carol Sabar –
Foi o processo normal. Terminei o livro, revisei, revisei, revisei, registrei, saí em busca da publicação e, claro, tive uns tropeços pelo caminho, mas nada grave. (risos)
A dica que eu dou é: escreva muito, leia muito. Não existe mágica!
Não dá para imaginar um guitarrista dizendo “Eu não gosto de ouvir música”. Ou ainda: “Eu não gosto de ensaiar para um show”.
Não existe escritor que não goste de ler. Ler, aliás, vem antes de qualquer outra coisa. Antes mesmo de escrever.
Em minha opinião, escrever é uma questão de amor, sim, mas principalmente de prática. Quanto mais se faz, melhor se faz.  E o mais importante: só apresente seu original para uma editora se você estiver 100% certo de que deu o melhor de si, de que não vai se arrepender ao ver seu livro (mal acabado) publicado, rodando de mão em mão por aí. A pressa é inimiga da perfeição. A pressa de publicar então...


Viagem rápida: O que pensa quando falo em:
Família: na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, nem a morte nos separa;
Carreira: está só começando;
Livros prediletos: “Eclipse”, de Stephenie Meyer. “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, de J.K. Rowling. “A marca de uma lágrima”, de Pedro Bandeira. “Um dia”, de David Nicholls.
Hobby: ler, escrever, ouvir música, conversar, ir ao shopping;
Sonho: morar um ano em Nova York;
Meta: ser feliz todos os dias;
Futuro: a Deus pertence (o clichê mais verdadeiro de todos);
Frase preferida: “Se fiz descobertas valiosas, foi mais por ter paciência do que qualquer outro talento”, Isaac Newton.

Obrigada Carol Sabar pela entrevista maravilhosa!



4 comentários

  1. Adorei a entrevista! Super simpática a Carol!
    Este parece mto legal! Bem divertido!

    Bjo.
    www.livrosfilmesemusicas.com.br

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  2. Adorei conhecer um pouquinho mais da Carol, ela parece uma fofa.
    Eu quero mt ler o livro dela.

    Bjok

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  3. Amei a entrevista, a Carol parece ser uma fofa, e o livro dela é mega lindo, com certeza está na minha lista de desejados. Espero gostar do livro quando eu tiver a oportunidade de ler.

    Beijão e parabéns pelas perguntas feitas.

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  4. Adorei a entrevista e um dia vou escrever um livor.

    =)

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