[Divulgação] Semana #Loney - A Construção da Atmosfera - Viaje na Leitura

19/07/2016

[Divulgação] Semana #Loney - A Construção da Atmosfera






Essa semana a Editora Intrínseca está promovendo a Semana #Loney e a proposta é discutir alguns dos temas recorrentes na obra. Hoje iremos comentar sobre a construção da atmosfera.


Sinopse - Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era criança e visitou o lugar.À época, a mãe de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera pouco tempo antes. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada sra. Smith crê que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com problemas de aprendizagem. O grupo se instala na Moorings, uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço. Com personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma história de suspense e horror gótico, ricamente inspirada na criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do noroeste inglês. 

A atmosfera de "Loney" é sombria, com as descrições lúgrebes e melancólicas. 

"Embora pudesse parecer enfadonho e sem atrativos, o Loney era um lugar perigoso. Uma porção indômita e inútil do litoral inglês. Uma foz de baía morta que enchia e vazava duas vezes por dia e fazia de Coldbarrow, um pequeno pedaço de terra deserto a um quilômetro e meio da costa, uma ilha. As marés podiam subir mais rápido do que o galope de um cavalo e todo ano algumas pessoas morriam afogadas. Pescadores azarados desgarravam-se da rota e acabavam encalhados. Catadores de mexilhões oportunistas, alheios ao perigo com que estavam lidando, dirigiam seus caminhões areia adentro na maré baixa e apareciam na praia semanas depois, com o rosto verde e a pele enrugada". (p. 13)

"Às vezes, essas tragédias viravam notícias, mas a inevitabilidade acerca da crueldade do Loney era tamanha que geralmente essas almas juntariam-se, esquecidas, às incontáveis outras que pereceram ao longo dos séculos na tentativa de domar o lugar". (p. 13)

"A temperatura caiu e as nuvens escureceram. A estrada exalava vapor sob a chuva torrencial. Retalhos de névoa pairavam sobre os lagos e os bosques gelados. O pântano adquiriu a coloração de bolor, e os arroios corriam em enxurradas turfosas encontra abaixo, brancos e de aspecto sólido, como filões de quartzo, se vistos a distância". (p. 35)

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