27/01/2016

[Resenha] Estrada da Noite - Joe Hill

Sinopse: Uma lenda do rock pesado, o cinqüentão Judas Coyne coleciona objetos macabros: um livro de receitas para canibais, uma confissão de uma bruxa de 300 anos atrás, um laço usado num enforcamento, uma fita com cenas reais de assassinato. Por isso, quando fica sabendo de um estranho leilão na internet, ele não pensa duas vezes antes de fazer uma oferta.

"Vou ‘vender’ o fantasma do meu padrasto pelo lance mais alto..."

Por 1.000 dólares, o roqueiro se torna o feliz proprietário do paletó de um morto, supostamente assombrado pelo espírito do antigo dono. E tudo muda quando o paletó finalmente é entregue na sua casa, numa caixa preta em forma de coração. Desta vez, não se trata de uma curiosidade inofensiva nem de um fantasma imaginário. Sua presença é real e ameaçadora.

Confesso que minhas expectativas estavam altas em relação a “Estrada da Noite”. Amo o gênero, o livro é bem elogiado e Joe Hill é filho de Stephen King, um dos meus autores favoritos.

Na história conhecemos Jude, um astro do rock quase aposentado que compra um fantasma em um site de leilão. Ele não acreditava muito nisso, afinal seu interesse pelo oculto fazia parte do “personagem” criado para atrair os fãs. Mas quando ele passa a ser perseguido, precisa descobrir uma maneira de sobreviver.

“A morte anda numa caixa amaldiçoada por aí. Mais cedo ou mais tarde, todo mundo recebe a sua.” Página 251

Achei a história em si interessante e original. Jude é um personagem que poderia muito bem existir na vida real, uma pessoa famosa com um passado conturbado e cheio de vícios. Não gostei muito dele no início, mas fui me afeiçoando com o tempo, torcendo por um final justo. Porém, mesmo com esses elementos, a leitura foi arrastada e chata, com detalhes desnecessários e flashbacks confusos. 

O livro não é muito grande, mas quanto mais eu lia, mas parecia não ter fim. Era impossível ficar muito tempo concentrada sem cansar. No final a resolução do mistério me surpreendeu, o autor conseguiu me enganar um pouco quanto ao rumo que ele daria aos personagens, mas nada que me prendesse na leitura.

Outra coisa que gostei foi da capa. Ela possui um ar misterioso e fantasmagórico, combinando com a temática do livro. Infelizmente comprei a edição econômica e os cantinhos das páginas ficaram amassados. 

Edição: 1

Editora: Sextante

Ano: 2007

Páginas: 256

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Avaliação: 2/5