Entrevista com R. L. Mandu autor de "A Ordem dos Lendários"

Viaje na Leitura – Olá, saiba que é um prazer tê-lo hoje concedendo uma entrevista para nosso blog. Primeiro gostaríamos que falasse um pouco sobre você, sua profissão, carreira e dia a dia.
R. L. Mandu – Nascido em São Paulo em dezembro de 1976 e morador da cidade de Osasco.  Minha carreira profissional começou cedo e logo aos 14 anos me tornei menor aprendiz num curso de Torneiro Mecânico no SENAI.
Estudei e trabalhei bastante ao longo dos 20 anos de profissão, o que me proporcionou subir inúmeros degraus e chegar à condição de Coordenador de Manutenção numa grande empresa locadora de gruas para a construção civil.
Hoje me divido entre o trabalho consolidado na empresa e a literatura, uma das minhas grandes paixões. Por ter uma ligação com a área da educação, estou recebendo convites para participar de palestras e dividir minhas experiências literárias com o propósito de incentivar a leitura e motivar as pessoas na busca de seus sonhos.

Viaje na Leitura – Quando surgiu a vocação para escrever?
R. L. Mandu – Houve três grandes momentos essenciais que definiram essa vocação:
Logo no ensino fundamental as professoras de Língua Portuguesa se surpreendiam com as minhas redações, onde geralmente os personagens eram os colegas de classe. A boa aceitação me incentivava criar cada vez mais histórias, mas não havia nenhum pensamento ou ideia de tornar esse hábito num trabalho sério.
Porém, um segundo evento foi fundamental. Após uma redação com tema livre o professor duvidou que eu tivesse escrito o texto. Por não me conhecer disse uma frase que me alertou para uma possível vocação:
“Se você copiou de algum lugar, o que acho que fez, tome vergonha e comece a exercitar a escrita, pois vai precisar dela no futuro. Já no caso de ser realmente de sua autoria, se eu fosse você, começaria a pensar em levar isso a sério”.
Agora o momento transformador aconteceu após a primeira revisão de texto, onde o resultado foi desanimador. O que me fez definitivamente descobrir minha vocação foi o fato de ter recomeçado inúmeras vezes depois disso, pois a vontade de me tornar um autor estava acima das dificuldades que viria a encontrar.

Viaje na Leitura – E como “A Ordem dos lendários” surgiu? O livro final era a ideia inicial? Como foi desenvolvê-lo?
R. L. Mandu – Foi um longo processo. A Ordem dos Lendários surgiu basicamente do meu gosto por mitologias e de uma necessidade pessoal de dar significado para os mistérios da humanidade.
Foi amadurecendo a ideia de que um grupo de pessoas terem conhecimentos sobre esses mistérios, até pelo fato de as sociedades secretas causarem fascínio e curiosidade das pessoas. Então, após muitas pesquisas e algumas agradáveis coincidências surgiu A Ordem dos Lendários. Mas a versão final ficou totalmente diferente dos primeiros esboços. Assim como tudo que fazemos na vida, quanto mais você trabalha naquilo em que está empenhado, melhor fica o resultado.
O processo de desenvolvimento envolveu muitas pesquisas, pois fiz questão de basear os fatos históricos e as mitologias em fontes seguras. Sinto-me responsável em informar corretamente aos meus leitores para contribuir assim na formação de nossos cidadãos.
Portanto, aprendi muito enquanto criava A Ordem dos Lendários, o que me permitiu unir elementos e épocas interessantes deixando a ficção como mero complemento no enredo.

Viaje na Leitura – Como será contada essa história? Pretende lançar quantos livros que seguirão a continuação da “A Ordem dos lendários”?
R. L. Mandu – Conforme me aprofundava na história, a mesma exigia muitos elementos importantes para manter o texto coeso e interessante para o leitor. Esse livro é apenas a primeira parte de uma trilogia.
Os outros dois livros já têm nome e enredo definido e estão sendo complementados com novos elementos para tornar a história cíclica. Além disso, esta série é apenas uma pequena parte de um projeto ainda maior, sobre o qual deixei indicações nos textos, mas que ainda ficará em sigilo até que encerre a trilogia da Ordem dos Lendários.

Viaje na Leitura – A perspectiva de conceber um livro deve ser gratificante, mas, quais são as dificuldades em publicar o mesmo? Como foi a publicação pela Editora Dracaena?
R. L. Mandu – O mercado literário é muito concorrido e há muitos trabalhos de qualidade batendo na porta das editoras diariamente. De todas as tentativas de apresentar meu trabalho percebi duas situações que foram fundamentais para tornar meu sonho uma realidade.
A primeira é que para as editoras, em muitos casos, cada escolha é uma renúncia, pois os custos para editar um livro são altos e as escolhas precisam ser certeiras. Essa situação é uma mistura do sonho do autor e o ramo de trabalho das editoras e entender essa relação de interesses ajuda bastante para continuar tentando publicar a primeira obra.
Com a Dracaena vivenciei minha melhor experiência no mercado literário, pois a editora se mostrou diferenciada logo no tratamento inicial. Durante o processo de avaliação do meu trabalho todas as minhas dúvidas e anseios foram tratados com atenção e paciência. Ao ter a possibilidade de trabalhar com a Dracaena tive a real dimensão do diferencial da editora, onde o respeito dedicado aos parceiros e clientes se reflete em trabalhos de altíssima qualidade e de repercussão nacional e internacional.

Viaje na Leitura – Após esse processo todo, qual o retorno que você espera dos leitores e críticos em geral? Você aceita ter sua obra criticada e avaliada por eles?
R. L. Mandu – Espero apenas que as pessoas sejam sinceras em seus comentários, pois entendo e respeito as críticas. Os elogios são importantes para nos motivar, mas aprendemos muito quando nos são apontados nossos erros. Tenho certeza que tenho muito para evoluir e não há ninguém melhor para me ajudar nesse crescimento senão meus leitores.

Viaje na Leitura – Em uma única palavra, diga o que vem a sua cabeça quando digo essas frases:

R. L. Mandu :
Como se defini? Determinação.
Uma meta? Literatura.
Um ideal? Motivar.
Futuro? Prosperidade.
Uma frase? “O ser humano descobre-se a si mesmo quando se defronta com os obstáculos”.