O lado bom da vida de Matthew Quick

Classificação

Sinopse:

Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele "lugar ruim", Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.

Sei que tenho algumas dezenas de resenhas para postar, mas precisava comentar com vocês sobre esse livro que será estrelado nos cinemas: "O lado bom da vida". O livro chamou minha atenção inicialmente pelo título, quem é que não espera sempre apenas o lado bom da vida? Tão chamativo e que, atraiu minha atenção para o segundo fator: a capa. Linda não é mesmo?

A mente humana é extremamente complexa, sou apaixonada meu lado psicóloga aflorando por tentar entender e compreender um pouco mais dos problemas psíquicos, suas causas e possíveis curas, então me deparei com a sinopse desse livro, então pensei, quero ler para ontem! Assim conheci esse livro incrível! O lado bom da vida fala de descobertas, de princípios e questões de relacionamentos complicados, fala de amor e de felicidade, já que, nosso protagonista sempre está disposto a ver apenas o lado bom da vida, desde que sua mãe o tirou do lugar "ruim".

Somos apresentados a história através do protagonista/narrador Pat Peoples, ele está saindo de um hospital psquiátrico e narra então a partir deste ponto, sua vida, a sua história. O mais interessante é que logo no começo, somos instigados com uma curiosidade enorme em entender o que aconteceu para ele chegar até lá, no ponto de partida. O que o levou a ficar por mais de quatro anos em um hospital psquiatrico, quando pensou que se passaram apenas alguns meses? O que causou esse transtorno terrível?

Você vai lendo e tem vontade de chorar, outras vezes de rir. Mas a trama é tão bem escrita, a leitura concisa e a narrativa flui rapidamente, porque queremos solucionar a mente do protagonista! Principalmente sua aversão por Kenny G, eu não conseguia entender o porquê de ele ter pesadelos com o músico quando o mesmo é um dos que mais curto (você já ouviu?), mas a explicação que será dada em "doses homeopáticas" na trama faz toda a diferença e só assim, o leitor compreenderá todas as suposições (eu errei todas!) para o ocorrido. 

A Tiffany, é uma figura! Ela é viúva, parece tão atormentada mentalmente quando Pat, mas é uma mulher de fibra e que, inteligente e emotiva, tem um papel extremamente importante no desenrolar dos mistérios. Tão apaixonada quanto Pat por exercitar-se, ela passará a fazer parte de suas corridas...

Como classificar um livro tão emocionante assim? O lado bom da vida é um romance envolvente, possui aquele grau de drama que não implica no desenvolvimento da história e faz entender uma infinidade de coisas, já que leva por muitas vezes o leitor à reflexão. Fatos que o protagonista descreve leve muitos a refletirem a questão de não julgar as pessoas que possuem problemas mentais, primeiro porque essa pessoa é tão humana quanto qualquer uma, tem problemas como qualquer um, e ser julgada não a ajuda a superar seus traumas internos.

Matthew Quick me conquistou nesta narrativa inteligente de autoconhecimento e autorrealização. Uma história que entra para marcar, e claro, a estreia do filme é no dia 1º de Fevereiro aqui no Brasil, espero que não mudem quase nada, pelo trailer parece que não...