Resenha: "Sábado à Noite 2" - Babi Dewet

Sinopse - Amanda está sozinha. A garota mais popular da cidade agora é o novo alvo de insultos no colégio. Suas amigas se sentem traídas e seu melhor amigo não quer nem saber da versão dela da história. Também, ela é a culpada por ele ter ido embora. Ela é a culpada pela banda ter chegado ao fim. "Podemos ser muito mais do que as pessoas acham que somos", não foi isso que Daniel disse para ela quando partiu sem ao menos se despedir? Pois Amanda irá provar para todos que mudou. Sua amizade com Kevin ficará cada vez mais forte, superando todo tipo de preconceito, e ela irá atrás do perdão de seus amigos. O segundo volume da trilogia "Sábado à Noite" fala mais uma vez sobre amizade, superação e um amor que vem sendo construindo com o tempo. Entre brigas e partidas de paintball, bailes aos sábado com novos integrantes e um festival de música que irá mudar a vida de todos, Amanda e Daniel tentarão se acertar. Já os marotos, antes tão detestados, agora serão as celebridades da vez. Será que eles terão maturidade suficiente para enfrentar essa nova fase e conquistar os corações das suas amadas?

Minha opinião - Após o final incrível de "Sábado à noite", onde Amanda passa a noite com Daniel e ele a abandona com um bilhetinho meia boca e sem se despedir, Amanda vai ter que lidar com o ostracismo na escola, já que a maior parte dos alunos a detestam por ter separado a banda e a responsabilizam pela expulsão de Daniel, inclusive seus amigos.

O segundo livro apesar de não ter divisões físicas, é dividido em partes: nós vemos o fundo do poço da Amanda, a tentativa de se reestruturar e o futuro. Em paralelo a isso, vemos a ascensão do status social dos marotos na escola, passando a ser o grupo mais popular e desejado pelas garotas. O irônico nessa continuação é que muitos criticaram as atitudes da Amanda no anterior, sobre como ela era preocupada com o status. Os garotos agora, realmente fazem proveito dessa popularidade, principalmente no quesito mulheres, que só querem estar com eles pela fama.

Apesar da continuação ser tão boa quanto o primeiro livro, alguns detalhes tornaram a leitura frustrante, como a falta de apoio das amigas e de Bruno, que apesar de estar magoado com o término da banda, foi extremamente egoísta. Mas graças a esse problema temos a oportunidade de conhecer melhor e nos apaixonar pelo novo BFF da Amanda, o Kevin. O Kevin é fofo, e realmente um amigo, que a apoia e a defende.

O retorno de Daniel, tão esperado pelos leitores, é o outro ponto frustrante. Todos nós sabemos o que eles sentem um pelo outro, e o Daniel constantemente magoa Amanda, que se tornou uma personagem passiva demais ao ver essas atitudes de Daniel e não fazer nada a respeito. Mais uma vez, os seus amigos poderiam ter comentado algo em particular com Daniel, ter dado apenas um "toque", sem tomar partido, mas não o fizeram. Sim, a época da juventude é a época dos erros, dos corações partidos e desilusões, mas algumas situações deixam o leitor extremamente irritado.

O livro é ótimo, mas os protagonistas não conquistaram, pois acabaram se tornando um clichê: o mocinho que se torna um babaca e a mocinha que aceita sofrer para receber um pingo do amor dele, perdendo o amor próprio.

Com a juventude, vem o amadurecimento e a transição para a vida adulta, que é o que observamos conforme esse enorme grupo de amigos vão começar a decidir sobre o futuro. O grupo de amigos é quem conquista o leitor, com as graças de Fred, o romantismo do Caio e a fofura do Rafa. Como no primeiro livro, o final de Sábado à noite 2 é emocionante, deixando o leitor com gostinho de quero mais.

Em relação à revisão, diagramação e layout, foi realizado um ótimo trabalho. A capa segue o esquema da capa do primeiro livro e é absolutamente linda.

"Toda vez que fechava os olhos via flashes da noite anterior. Sentia-se enjoada, atormentada e com medo". (p. 04)

Edição: 1
Editora: Generale
ISBN: 0
Ano: 2013
Páginas: 388
Avaliação: 3/5
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