[Resenha] "A Queda" - Harry Bosch - Livro 15 - Michael Connelly - Viaje na Leitura

25/06/2014

[Resenha] "A Queda" - Harry Bosch - Livro 15 - Michael Connelly


Sinopse - "A três anos da aposentaria, a carreira do detetive Harry Bosch no Departamento de Polícia de Los Angeles está perto do fim. Numa manhã, ele recebe dois novos crimes para solucionar, junto com seu parceiro David Chu. No primeiro, uma prova de DNA, encontrada no pescoço de uma vítima de um crime cometido há vinte anos, indica que o criminoso era uma criança de apenas oito anos. As evidências levam Bosch a se perguntar se o caso apontaria para uma criança assassina ou se houve uma falha do laboratório de análises criminais. O segundo crime investigado não é menos instigante: um delito que tem, certamente, caráter político. O filho do vereador Irvin Irving – um antigo inimigo de Bosch – pulou ou foi empurrado da janela de um hotel de luxo. O mais surpreendente é que foi o próprio Irving quem solicitou ao Departamento de Polícia que a investigação fosse conduzida por Bosch. Em A queda, Michael Connely mantém a narrativa perspicaz e repleta de reviravoltas. Na trama, o detetive protagonista busca descobrir os indícios para solucionar os dois casos. Afinal, há três décadas, um assassino opera secretamente na cidade e uma conspiração política age no departamento de polícia corrompendo a instituição".

Minha opinião - "A Queda" é um dos livros da grande série que tem como protagonista o detetive Harry Bosch. Bosch está trabalhando na divisão de casos Abertos/Não Resolvidos, uma espécie de cold cases, onde de tempos em tempos os casos são revistos na tentativa de solucioná-los.


O parceiro de Bosch é David Chu, um detetive um pouco afobado demais em alguns momentos e que gosta muito de falar. Os dois são a equipe "coringa" do departamento. Quando os outros detetives já estão em um determinado caso, eles assumem o próximo.


O caso que eles irão investigar ocorreu no ano de 1989, onde a vítima, Lily Price, de 19 anos, sofreu violência sexual. O problema é que o DNA encontrado bate com um suspeito que já possuí ficha criminal, mas que no ano do crime, teria apenas 8 anos de idade. Como é possível ele ser o assassino?


Em paralelo a esse caso Bosch foi convocado a investigar o suposto suicídio do filho de Irvin Irving, que é quase como um arqui-inimigo do Bosch. George Thomas Irvin, era um advogado lobista, casado e com um filho. Tinha uma carreira de sucesso, dinheiro, um casamento estável. Será que ele realmente se suicidou? E o mais importante, porque Irvin Irving faz questão que Bosch seja o detetive líder na investigação?

"Você disse uma vez que todo mundo importa ou que ninguém importa. Lembro disso. Agora é hora de pôr isso a prova. O filho do seu inimigo importa? Você vai se empenhar ao máximo por ele? Vai até o fim por ele?" (p. 30)

Trabalhando nas duas investigações Bosch irá se deparar com duas situações muito diferentes mas ao mesmo tempo igualmente horrendas.

Mas a história não fala apenas de coisas ruins. O leitor acompanha o relacionamento de Bosch com a filha de 15 anos, a Maddie. Maddie é uma jovem inteligente e muito observadora e algumas conversas entre pai e filha são hilárias graças a esse poder de observação da garota (ela consegue descobrir o que o pai tenta esconder). Fica claro que caso Maddie realmente queira seguir os passos do pai, ela fará muito sucesso e será muito focada.

Bosch não é um detetive amargurado, ele gosta do que faz, mas sente-se desiludido com a politicagem que existe na polícia. Conforme o protagonista se aproxima da sua aposentadoria, ele percebe que às vezes não é possível se livrar da trama que teceram em sua volta.

A cada nova descoberta nos casos, o leitor percebe as inúmeras camadas que os envolvem. Até mesmo o final do livro têm um clima pesado e ao mesmo tempo viciante.

Um livro com uma trama bem desenvolvida, com casos bem escritos e personagens convincentes.

Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. A capa combina com a figura de "homem solitário" que o Bosch representa.

6 comentários

  1. Olá!
    Eu adoro romances policiais, e adoro personagens bem elaborados e misteriosos,se eu vou com a cara do detetive, já é um livro que eu quero ler. Foi o que aconteceu com O Chamado do Cuco, da Rowling. Adorei o Cormoran, e já tá chegando livro novo dele no Brasil o/
    Beijos.

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    1. Oi Mylane, tudo bem?
      Ainda não tive a oportunidade de ler "O Chamado do Cuco" mas está na minha listinha rs
      Obrigada pelo comentário.
      Bjkas

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  2. Olá Carol,
    gostei muito da resenha, adoro livros de suspense e com uma drama envolvente. Me lembra Sidney Sheldon, que eu adoro rsrs

    Bjs!
    Viciados Pela Leitura

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    1. Oi Anne, tudo bem com você?
      Fico feliz em saber que gostou da resenha. A história realmente envolve o leitor, pois foi muito bem escrita ;)
      Obrigada pelo comentário.
      Bjkas

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  3. Adoro romance policial, foi graça a eles que comecei a gostar da leitura *-*
    sou fã de Agatha Christie e de seu personagem Hercule Poirot.
    Já vi outras resenhas desse livro e me interessei muito, agora minha vontade de ler so aumentou.

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  4. Fiquei intrigada para saber como o suspeito pode ter sido um garoto que na época tinha apenas 8 anos. Uaau.... Será ele mesmo o autor do crime? Super, super adorei. Sou fã de livros policiais e fiquei completamente apaixonada por esse. Sem dúvida lerei, já adicionei na minha lista do skoob.

    M&N | Desbravadores de Livros

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