04/02/2015
[Resenha] A Festa da Insignificância - Milan Kundera
Sinopse: Passados mais de dez anos da publicação de seu último romance, Milan Kundera — um dos maiores escritores vivos — volta à ficção com uma trama breve e espirituosa ambientada em Paris nos dias de hoje.
Quando
eu recebi esse livro, fiquei intrigada quando o observei. Capa dura, poucas
páginas, uma pintura como capa, uma sinopse curta e muitos elogios ao autor,
Milan Kundera. Apesar disso não o li de imediato, mas ao separar as leituras
para esse ano, ele novamente me chamou a atenção e resolvi dar uma chance.
Não
é o tipo de história que estou acostumada. O livro não fala sobre um romance,
uma aventura, um mistério, ou algo do tipo. Apenas um pouco do cotidiano e os
pensamentos de quatro amigos: Alain, Ramon, Charles e Calibã.
“No meu vocabulário de ateu, uma única palavra é
sagrada: a amizade. Os quatro companheiros que lhes apresentei: Alain, Ramon,
Charles e Calibã, eu os amo”. Pág. 30
Em
um momento o narrador – um amigo dos quatro personagens – nos mostra conversas
entre eles, em outro aprofunda mais na vida de algum. O real e o imaginário se
encontram em meio a situações do cotidiano.
Há
aquele que está intrigado com um livro de histórias sobre Stálin, o que fica
imaginando desculpas para sua mãe ter o abandonado na infância, o que disserta
sobre a sedução feminina e aquele que tenta encontrar diversão fingindo ser
outra pessoa.
O
livro, como mencionado anteriormente, é pequeno e aconselho que seja lido de
uma vez, ou pelo menos sem muitos intervalos, para não se confundir com a
história. Muitas vezes eu acabei voltando, porque não lembrava exatamente quem
era quem, ou o que tinha acontecido. O autor acaba colocando um fato de uma
maneira sutil, mas que mais para frente se revela importante.
Quando
terminei, fiquei me perguntado se havia gostado. Foi algo intrigante, o final
principalmente deu um nó na minha cabeça: Aquilo era real? Será que eu entendi
a história?
Mas
não há como negar, ela te faz refletir. Seja sobre mães, perdizes, umbigos, amizade... Ah, e o livro possui ótimas citações, não há dúvidas quanto a
habilidade do autor.
O livro me pareceu bem razoável, acho que não leria.
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ResponderExcluirlegal, nunca tinha lido livros que abordasse esse : cotidiano, a historia deve ser bem levinha mais como vc disse tem que prestar atençao, é bem diferente dos livros de ficçao que eu to acostumada
lendo sua resenha tive a impressão que esse é um daqueles livros que dão aquele ‘choque’ na gente e nos fazem refletir sobre nós mesmos. Adorei e vou colocar na lista infinita de leitura!
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