[Divulgação] Semana #Loney - A influência católica do autor - Viaje na Leitura

21/07/2016

[Divulgação] Semana #Loney - A influência católica do autor





Essa semana a Editora Intrínseca está promovendo a Semana #Loney e a proposta é discutir alguns dos temas recorrentes na obra. Hoje iremos comentar sobre a influência católica do autor.

Sinopse - Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era criança e visitou o lugar.À época, a mãe de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera pouco tempo antes. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada sra. Smith crê que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com problemas de aprendizagem. O grupo se instala na Moorings, uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço. Com personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma história de suspense e horror gótico, ricamente inspirada na criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do noroeste inglês. 

"A Mamãe olhou para o padre Bernard e meneou a cabeça em sinal de aprovação. Essa passagem era seu manifesto. Na nossa casa, estava emoldurada na xozinha, escrita em caligrafia ornamentada como a página de uma Bíblia decorada com iluminuras. O dever, ou melhor, a demonstração ativa do dever, era tudo, e ignorar o chamado ao serviço era, aos olhos da Mamãe, possivelmente o pecado mais hediondo de todos. Ela era da opinião de que os homens deveriam pelo menos considerar a possibilidade de abraçar o sacerdócio e que todos os meninos deveriam servir no altar. Em certo sentido, dizia a Mamãe, ela sentia inveja de mim porque eu tinha a oportunidade de estar mais perto de Deus, de ajudar no milagre da transubstanciação, ao passo que ela tinha de se virar com quase nada, organizando festas e bazares". (p. 89/90)

Toda a obra faz menção ao catolicismo e a fé. A família do protagonista vive na Igreja, sendo o próprio protagonista coroinha. A mãe é uma devota, que tem uma fé exacerbada, acreditando que só assim seu filho mais velho poderá ser curado. 
O falecido padre Wilfred,  representante da Igreja na comunidade, era um homem fervoroso, que usava o nome de Deus para infligir castigos corporais nos jovens coroinhas. 
A ambientação da obra está intrinsecamente conectada com a religião, os debates de fé e a existência de Deus. 

"- "O irmão entregará à morte o seu irmão, e o pai, o seu filho, filhos se rebelarão contra seus pais e os matarão. Todos odiarão vocês por minha causa, mas aquele que perseverar até o fim será salvo"". (p. 89)


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