[Resenha] A Condessa Sangrenta - Alejandra Pizarnik - Viaje na Leitura

03/03/2016

[Resenha] A Condessa Sangrenta - Alejandra Pizarnik




Sinopse - Novela de terror inspirada na vida da condessa húngara Erzébet Báthory, condenada pelo assassinato de 650 jovens mulheres com requintes de crueldade.Vários dos tormentos aos quais as jovens foram submetidas são descritos no livro.Primeira obra da autora publicada no Brasil.Posfácio de João Silvério Trevisan (autor de Ana em Veneza e Devassos no Paraíso). Ilustrações do argentino Santiago Caruso.



A Condessa Elizabeth Bathory (Erzsebet Báthory, do original), foi uma das mulheres mais perversas e sanguinárias que a humanidade já conheceu. Os relatos sobre ela ultrapassam a fronteira da lenda e a rotulam através dos tempos como A Condessa de Sangue. Fonte
Nascida em 1560, filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu numa época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território Húngaro, sendo campo de batalhas entre Turquia e Áustria. Vários autores consideram esse o grande motivo de todo o seu sadismo, já que conviveu com todo o tipo de atrocidades quando criança, vendo inclusive suas irmãs sendo violentadas e mortas por rebeldes em um ataque ao seu castelo. Ainda durante sua infância, ficou sujeita à doenças repentinas acompanhadas por uma intensa ira e comportamento incontrolável, além de ataques epiléticos. Teve uma ótima educação, inclusive sendo excepcional pela sua inteligência. Falava fluentemente húngaro, latim e alemão. Embora capaz de cometer todo tipo de atrocidade, ela tinha pleno controle de suas faculdades mentais. Fonte
Em 1604 seu marido morreu e ela se mudou para Viena. Desse ponto em diante, conta a história que seus atos tornaram-se cada vez mais pavorosos e depravados. Arranjou uma parceira para suas atividades, uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia (suposta amante), que lhe ensinou novas técnicas de torturas e se tornou ativa nos sádicos banhos de sangue. Durante o inverno, a Condessa jogava suas criadas na neve e as banhava com água fria, congelando-as até a morte. Na versão da tortura para o verão, deixava a vítima amarrada banhada em mel, para os insetos devorarem-na viva. Marcava as criadas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto ou em lugares sensíveis, e chegou a incendiar os pêlos pubianos de algumas delas. Em seu porão, mandou fazer uma jaula onde a vítima fosse torturada pouco a pouco, erguendo-a de encontro a estacas afiadas. Gostava dos gritos de desespero e sentia mais prazer quando o sangue banhava todo seu rosto e roupas, tendo que ir limpar-se para continuar o ato. Fonte
As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610. Foi uma excelente oportunidade para a Coroa que, há algum tempo, tinha a intenção de confiscar as terras por motivos de dívida de seu finado marido. Assim, em dezembro de 1610 foi presa e julgada. Em janeiro do ano seguinte foi apresentada como prova, anotações escritas por Elizabeth, onde contava com aproximadamente 650 nomes de vítimas mortas pela acusada. Seus cúmplices foram condenados à morte e a Condessa de Bathory à prisão perpétua. Foi presa num aposento em seu próprio castelo, do qual não havia portas nem janelas, só uma pequena abertura para passagem de ar e comida.Fonte
Ficou presa até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Bathory, em Ecsed. O seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe, mas os habitantes acharam repugnante a idéia de ter a "Infame Senhora" sepultada na cidade. Fonte
Até hoje, o nome Erzsebet Báthory é sinônimo de beleza e maldade para os povos de toda a Europa. Fonte

Todo esse histórico apresentado antes de comentar sobre o livro, foi feito para auxiliar na visão do leitor sobre a temível Condessa. No livro "A Condessa Sangrenta" somos apresentados a alguns métodos de tortura empregados por ela. Com 12 capítulos e um posfácio, o livro demonstra em capítulos curtinhos e com imagens vívidas essa situação.
O conteúdo escrito do livro em si não é o que chama a atenção. As gravuras destacam-se de tal forma que é horripilante observá-las por tempo demais. Basicamente feitas em tons de preto e cinza com destaques em vermelho.









ISBN-13: 9788564406001
ISBN-10: 8564406004
Ano: 2011 
Páginas: 60
Idioma: português 
Editora: Tordesilhas
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Avaliação: 4/5


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