[Resenha] Redenção de Um Cafajeste - Redenção # 01 - Nana Pauvolih - Viaje na Leitura

29/04/2015

[Resenha] Redenção de Um Cafajeste - Redenção # 01 - Nana Pauvolih




SinopseLançamento da coleção Violeta, do selo Fábrica231, Redenção de um cafajeste, o primeiro volume da série, conta a história de uma garota simples, que sonha terminar a faculdade e ser professora, e se envolve com um empresário sem escrúpulos. Uma história que mistura doses certeiras de paixão, romantismo e erotismo, tendo o Rio de Janeiro como cenário. Em Redenção de Um Cafajeste, a autora narra a história de uma garota simples, que sonha terminar a faculdade e ser professora, e que conhece um empresário, dono de uma das revistas masculinas mais escandalosas do país. Uma história que mistura doses certeiras de paixão, romantismo e erotismo, tendo o Rio de Janeiro como cenário. 





Esse é o primeiro livro da série Redenção da autora Nana Pauvolih. Narrado em primeira pessoa pelos protagonistas e dividido em partes (Parte 1 - vidas diferentes, Parte 2 - a caçada e a conquista, Parte 3 - quatro meses depois (junho), Parte 4 - Dois meses depois (agosto), epílogo e o tempo passa).
Começamos a história conhecendo os protagonistas: Maiana Apolinário de Oliveira e Arthur Moreno de Albuquerque.
Maiana é uma jovem de 21 anos de idade, batalhadora e determinada a prosperar na vida sem usar sua aparência. Ela estuda na UERJ e falta um ano para se formar em História. Sonha em ser professora e enquanto isso não acontece, trabalha como recepcionista em uma grande firma de advocacia, onde é elogiada pelo seu chefe pelo seu comprometimento e postura. Vive em Nova Iguaçu com a mãe Tereza e a irmã Juliane, que completou 18 anos de idade.
Ter uma filha tão esforçada deveria ser motivo de orgulho para qualquer mãe, mas não para Tereza. Tereza quer que as filhas consigam um bom partido, que compre coisas caras e a sustentem. Desde cedo incentiva as filhas, por falta de palavra melhor, a se prostituirem. Enquanto Maiana tem asco dessa situação, sua irmã mais nova faz esse papel de bom grado, dormindo com qualquer um que ofereça qualquer coisa a ela, sem ao menos se preocupar com sua segurança ou com as consequências de seus atos.

"Sorte grande, para a minha mãe, significava conseguir um marido rico. Ela criava suas filhas orientando-as a usar a beleza para conquistar um homem assim. A sua vida girava em torno deste objetivo". (p. 11)

Arthur é o típico playboy, com sua cobertura no Leblon e inúmeras mulheres ao seu dispor. Desde cedo aprendeu que as mulheres servem para ser usadas e que não deve se envolver romanticamente com elas.

"Eu era o dono de um conglomerado de revistas, um empresário de sucesso, um homem rico e poderoso, sempre na mídia, poderia fazer tudo o que eu quisesse com ela. E fazia. Naquele momento mesmo, se apenas pedisse que ficassem nuas e deitassem no chão para que eu, meus amigos e empregados transassem com elas, com certeza obedeceriam. No ato". (p. 14)

Depois de acompanharmos a vida da protagonista e sua família por um tempo e a de Arthur, o caminho dos dois se cruzam e Arthur fica encantado com a beleza de Maiana. O que ele não espera é que a mocinha recuse suas investidas, o que o deixa ainda mais interessado nela. 
Acontece que ele resolve "atuar" para convencer a Nana (Maiana) a sair com ele, e ela acaba cedendo. Como vocês podem imaginar (o título é autoexplicativo), ele faz inúmeras besteiras durante esse período e quando é descoberto, corre atrás da sua redenção.
Apesar de ter alguns pontos considerados clichês na trama (milionário se interessa por mocinha ingênua e faz besteira), existem outros pontos que se destacam.
A interação familiar de Nana é uma delas. É absurdamente chocante (e infelizmente verídico) as situações demonstradas. Muitas jovens bonitas decidem que fazer sexo com um homem endinheirado é melhor do que se esforçar na vida.

"Infelizmente, Juliane acabara ficando do lado da nossa mãe. Abandonou a escola, não trabalhava, passava seus dias e noites se especializando em se tornar mais bonita e sedutora. Fútil, orgulhosa,cheia de si, metida, antipática. Era assim que todo mundo por ali via a minha irmã. E ela reagia dando de ombros e dizendo que era inveja. Inveja porque ela era melhor do que os vizinhos, amigos e conhecidos". (p. 12)

Tereza e Juliane são, de certa forma, as vilãs do livro, mas conseguem despertar fortes emoções no leitor. É aquela ideia de "amamos odiar" a personagem. Desde suas primeiras aparições, a vontade foi de chacoalhar as duas e talvez até mesmo dar uns tabefes. Mãe e filha agem por inveja e cobiça. Não há amor ou compaixão. São indivíduos egoístas, que só se importam com as suas necessidades.
De alguma forma, Nana não se deixou contaminar por esse egocentrismo. Ela é generosa, gentil e batalhadora. É o tipo de mocinha que deixa qualquer leitor torcendo pelo seu sucesso. 
Os poucos amigos que possui são sinceros e dedicados. Virgínia é aquela amiga que não apenas a apoia, como também a defende quando necessário. Até mesmo os novos amigos que vão surgindo (como o Matt, que será protagonista de um dos livros da série), conseguem ver sua bondade e se rendem totalmente à Nana.
Arthur é um protagonista que não despertou empatia em momento algum. Do momento em que surgiu na história, deixou claro que além de mulherengo, sente-se superior aos demais e é esnobe ao extremo. Suas acusações sem fundamento e a maneira como trata a Nana, na minha opinião, é totalmente imperdoável. Sem contar que parece uma criança culpando o próximo ao invés de um homem de 31 anos que deveria assumir suas atitudes. Mesmo quando passa por todo o processo de redenção, não convenceu. Tive a impressão de que ele estava atrás apenas de suas necessidades e foi egoísta nesse período também. Foi apenas por conta do Arthur que não dei a nota máxima a esse livro. Ele foi um protagonista não convincente na parte crucial do livro: a redenção. É importante ressaltar que é uma visão pessoal e cabe a cada leitor concordar ou discordar disso.
A escrita da Nana Pauvolih é envolvente, fluida e deliciosa. Mesmo quando estamos frustados durante a leitura, a vontade de avançar nas páginas é enorme.
O livro tem um alto teor erótico, repleto de cenas e linguajar caliente. Portanto, recomendado apenas para os maiores de 18 anos, ok?
A editora caprichou no layout e na diagramação. As pontas das páginas são rosas para combinar com as letras da capa e com a lombada. Ficou um trabalho realmente bonito.

Edição: 1
Editora: Rocco Fábrica231
ISBN: 978-8568432136
Ano: 2015
Páginas: 560
Skoob: aqui
Avaliação: 3/5


6 comentários

  1. Oi, Carol!
    Vi o lançamento desse livro e de primeira não fui com cara do protagonista. Ele é um egoísta, esnobe, arrogante... não sei se leria um livro assim.
    Bjos!

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    1. Oi Any, tudo bem?
      Pois é, eu fui ler o livro tentando manter a mente aberta aos personagens e infelizmente não curti a personalidade do Arthur.
      Bjkas

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  2. Não me interessei por esse livro porque odeio personagens masculinos desse tipo e, apenas pelo que você contou na resenha, sei que a mocinha merecia um homem melhor. Também acho muito triste que existam pessoas como a mãe da protagonista, que encoraja as filhas a irem atrás de um "bom partido" em vez de batalharem por seus sonhos e objetivos.

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    1. Oi Danny, tudo bem?
      Sinceramente, na minha opinião, o que pesou durante a leitura foi o Arthur mesmo. Até a irmã da Maiana, que é uma nojenta, tem mais carisma. Pelo menos ela é movida pela ganância...
      Bjkas

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  3. Carol!
    Que Arthur é esse? Affffffe!!
    Sinceramente não gosto de homens cafajestes, são a piore escória.
    Sei não se tenho vontade de ler apesar de ser um romance e ter a capa linda.
    “Acredite na justiça, mas não a que emana dos demais e sim na tua própria.” (Código Samurai)
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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    1. Oi Rudy, tudo bem?
      Se você não gosta desse tipo de personagem, acredito que não ira curtir esse livro.
      Obrigada pelo comentário.
      Bjkas

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