[Resenha] Fragmentados - Só porque a lei diz, não significa que é verdade - Neal Shusterman - Viaje na Leitura

10/10/2015

[Resenha] Fragmentados - Só porque a lei diz, não significa que é verdade - Neal Shusterman



SinopseEm uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria .

Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo país, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido, 18 anos parece muito, muito longe.

A história é dividida em sete partes. Na Parte 1, chamada Triplicata somos apresentados aos três protagonistas: Connor, Risa e Lev.

Connor é um garoto de 16 anos que passou por diversas instituições disciplinares. Um dia, ele encontra por acidente sua ordem de fragmentação assinada pelos pais. Como se isso não bastasse, ele também encontra passagens dos pais e do irmão mais novo para as Bahamas no mesmo período em que sua fragmentação está agendada. Então ele decide fugir...

Risa Ward é uma garota de 15 anos de idade que mora na Casa Estadual 23. Isso significa que ela é uma tutelada do Estado. Seu talento é o piano e é incentivada pelo Sr. Durkin, seu professor. Só que Risa não é a melhor pianista. E se você não é o melhor e está vivendo com o dinheiro do governo, você não tem utilidade e deve ser fragmentado.

Lev Jedidiah Calder é um garoto de 13 anos. Sua vida inteira foi ensinado de que ser um dízimo é algo especial e uma honra. Ele é a oferenda de sua família para a fragmentação. No caso dele, é algo voluntário. Mas até que ponto sua fragmentação é voluntária se ele passou a vida inteira sendo doutrinado para aceitar isso?

Então na primeira parte vamos conhecer um pouco as histórias individuais desses três até o momento em que eles se encontram.

A Parte 2, é a chamada Entregues pela Cegonha. Enquanto o trio tenta encontrar um lugar para se manter a salvo, o leitor é levado a acompanhar o funcionamento dessa sociedade. Descobrimos o que acontece quando um bebê é dado para a adoção e o programa "Iniciativa da Cegonha". Também ficamos ciente da lenda urbana de Humphrey Dunfee, um garoto que foi fragmentado e que deixou seus pais perdidos.

As Partes 3 e 4, chamadas "Trânsito" e "Destinos" acompanham a jornada do trio, que irão se deparar com pessoas que querem ajudá-los e outras que não. Os jovens começarão a enxergar o mundo sob uma nova perspectiva.

A Parte 5, chamada "Cemitério" é o destino do grupo. É lá que iremos conhecer o Coronel, um personagem que não sabemos dizer se é mocinho ou vilão e também sabermos mais sobre a Guerra de Heartland.

Na sexta parte, chamada "Fragmentados" teremos uma ideia melhor do seu significado. O que é realmente a Fragmentação? Como podemos perder nossas partes e ainda estarmos vivos e conscientes?

A descrição do Campo de Colheita Happy Jack no Arizona é assustador. A forma como os eventos se desenvolvem acabam demonstrando uma enorme indiferença dos governantes.
E é claro, temos a última parte, chamada Consciência. Um final incrível que deixa o leitor sem fôlego!

O trio possui personalidades totalmente diferentes. Connor tem o que pode ser considerado a família ideal, mas sempre teve problemas para controlar sua raiva, marcando-o como um rebelde. Risa aprendeu desde cedo a sobreviver. Ser uma tutelada do Estado não é fácil e para continuar viva, precisa ser esperto e perspicaz. Lev é o mais ingênuo do trio. Seja por ser o mais novo ou por ter crescido em uma família abastada e estar ciente do seu destino, ele não acredita que ser fragmentado é algo ruim.

A narração é realizada em terceira pessoa sob a perspectiva de diversos personagens. Além do trio, temos capítulos apresentados pelo policial, mãe, professora, o Cy-Ty e assim vai. São personagens que passam rapidamente pela vida dos protagonistas mas que, de uma forma ou de outra, causa grande impacto.

Outros jovens também ganham espaço no caminho, como Roland. Roland tem todas as características de vilão. Suas atitudes são egoístas e até mesmo criminosas, mas se pararmos para analisar, ele é um jovem assustado que está fazendo tudo o que pode para ter o controle de sua vida e para conseguir sobreviver.  São atitudes corretas ou honradas? Não. Mas será que para se manter vivo, seguir as regras é o ideal?

Uma história diferente e atraente, com personagens carismáticos e uma trama rica e complexa.

Edição: 1
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581635194
Ano: 2015
Páginas: 320
Skoob: clique aqui
Avaliação: 4/5


5 comentários

  1. Carol!
    Li esse livro e gostei muito, embora a história de serem fragmentados após certa idade e que seus membros vivem em outros pessoas seja um tanto forçada.
    “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”(Cora Coralina)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  2. Oi Carol, quando vi o lançamento deste livro fiquei bem interessada nele, só não imaginei, na época, que fosse cheio de detalhes assim, onde vários personagens narram a história. Continuo bem interessada nele.
    Bjs, Rose.

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  3. Com certeza vou ler o livro. Amo livros de distopia e o mundo que o autor criou é muito fantástico e diferente. Os personagens parecem ser cativantes e estou muito curiosa para saber o que vai acontecer e como eles não conseguir sobreviver!

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  4. Oi, Carol.
    Estou super curiosa para ler essa história porque só estou lendo coisas boas sobre ela!
    Quem sabe consigo encaixar na lista de leituras!
    beijos
    Camis - Leitora Compulsiva

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  5. eu adorei esse livro!
    fazia tempo que eu não lia uma distopia que me agradasse tanto.
    realmente a descrição do campo de colheita é assustadora e pior é saber que não é tão longe da realidade assim. o roland é arg...
    no começo eu tive um pouco de raiva do lev, mas depois entendendo o contexto que ele vivia comecei a ter pena dele...

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